No silêncio que se segue a um evento avassalador, uma guerra invisível começa. Não é uma batalha travada em campos distantes, mas dentro da complexa arquitetura do nosso cérebro e na intrincada rede de nervos que percorre nosso corpo. Muitas vezes, quem sobrevive a um trauma se sente fraturado, permanentemente alterado, lutando com reações e sensações que parecem não ter lógica ou controle.
Por que um cheiro específico, um som ou uma imagem inofensiva pode desencadear uma onda de pânico avassaladora anos depois? Por que o corpo continua a sentir uma ameaça que já passou, manifestando dores crônicas, exaustão e uma sensação persistente de alerta?
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Essa desconexão não é uma falha de caráter ou uma fraqueza. É uma resposta neurobiológica compreensível e profundamente humana. O trauma não é apenas uma “lembrança ruim”; é uma impressão duradoura que reorganiza a forma como o nosso sistema nervoso percebe e reage ao mundo.
Ele sequestra os mecanismos de sobrevivência que foram projetados para nos proteger, deixando-os permanentemente ligados, em um estado de emergência constante. Ignorar essa realidade biológica é como tentar navegar um navio em uma tempestade sem entender a força dos ventos ou a direção das correntes. Continuamos à deriva, culpando-nos pela falta de progresso, sem perceber que a própria embarcação foi reconfigurada pela tormenta.
Este artigo é a sua carta náutica. Com a precisão da ciência e a empatia da experiência, vamos mergulhar na neurobiologia do trauma. Mapearemos o que acontece exatamente no cérebro – na amígdala, no hipocampo e no córtex pré-frontal – quando a sobrevivência se torna a única prioridade. Exploraremos como o corpo, através do sistema nervoso autônomo, “guarda as marcas”, e como as teorias de ponta, como a Teoria Polivagal de Stephen Porges, nos oferecem um novo paradigma para entender nossas reações.
A promessa não é apagar a tempestade do passado, mas compreender sua mecânica para que você possa, finalmente, assumir o leme, acalmar as águas internas e navegar em direção a um porto de segurança e integração.
O que acontece no cérebro e no corpo após um evento traumático?

Quando uma pessoa vivencia um evento traumático, seu cérebro entra em modo de sobrevivência. A amígdala, o centro de detecção de ameaças, torna-se hiperativa. Simultaneamente, o hipocampo, responsável por contextualizar memórias, e o córtex pré-frontal, que regula as emoções e o pensamento racional, têm sua atividade reduzida. Isso faz com que a memória do trauma não seja armazenada como uma história coerente, mas como fragmentos sensoriais e emocionais. O sistema nervoso autônomo dispara uma resposta de luta, fuga ou congelamento, inundando o corpo com hormônios do estresse como cortisol e adrenalina, mantendo o corpo em um estado de alerta crônico mesmo após o perigo ter cessado.
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A Orquestra da Sobrevivência: O Cérebro Sob Ameaça
Para entender a neurobiologia do trauma, imagine o cérebro como uma orquestra sofisticada. Em um estado de calma, o maestro – nosso córtex pré-frontal – rege todos os músicos de forma harmoniosa, criando uma sinfonia de pensamentos, emoções e sensações equilibradas. Durante um evento traumático, essa harmonia é abruptamente interrompida.

1. O Alarme Incendiário: A Amígdala
A amígdala, um par de pequenas estruturas em formato de amêndoa, atua como o alarme de incêndio do cérebro. Sua função é detectar ameaças e iniciar uma resposta rápida. Durante o trauma, ela dispara em sua capacidade máxima. O problema é que, em indivíduos traumatizados, esse alarme se torna excessivamente sensível.
Como aponta o psiquiatra e pesquisador Bessel van der Kolk em sua obra seminal, o cérebro traumatizado começa a interpretar o mundo através das “lentes do trauma” (van der Kolk, 2014). Um carro buzinando não é apenas um som; pode ser o prenúncio de uma colisão. Uma discussão em voz alta não é apenas um desacordo; pode sinalizar perigo iminente. Essa hipervigilância é exaustiva e é a base de muitos sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
2. O Arquivista Desorientado: O Hipocampo
Enquanto a amígdala soa o alarme, o hipocampo, nosso arquivista de memórias, tenta desesperadamente catalogar o que está acontecendo. Sua função é pegar as informações do presente e integrá-las às memórias passadas, criando uma linha do tempo autobiográfica coerente. Ele nos diz: “Isso está acontecendo aqui e agora, mas não é o mesmo que aconteceu lá e então.”
No entanto, a torrente de hormônios do estresse, especialmente o cortisol, liberada durante o trauma, prejudica a função do hipocampo. Estudos de neuroimagem mostram que a exposição crônica ao estresse pode até levar a uma redução no volume do hipocampo (Bremner, 2006)
O resultado é a fragmentação da memória. O trauma não é codificado como uma narrativa com começo, meio e fim. Ele é armazenado como fragmentos isolados: uma imagem visual, um som, uma sensação corporal, um cheiro. Esses fragmentos não têm uma “etiqueta de tempo”, fazendo com que a pessoa os reviva no presente como se estivessem acontecendo novamente – os chamados flashbacks.
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3. O Maestro Ausente: O Córtex Pré-Frontal (CPF)
O córtex pré-frontal é o nosso maestro, o CEO do cérebro. Ele é responsável pelo raciocínio, planejamento, tomada de decisões e, crucialmente, pela regulação emocional. Ele funciona como um freio para a amígdala, enviando sinais calmantes que dizem: “Calma, isso não é uma ameaça real, apenas um alarme falso.”
Durante um evento traumático, o CPF fica efetivamente “offline”. A energia do cérebro é desviada para as funções de sobrevivência mais primitivas. A lógica e a razão dão lugar ao puro instinto. Em um cérebro pós-traumático, a conexão entre o CPF e a amígdala permanece fraca.
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A pessoa sabe, racionalmente, que está segura, mas o maestro não consegue se comunicar com o sistema de alarme para desligá-lo. Essa desconexão é a base da desregulação emocional, da impulsividade e da dificuldade de concentração que muitas pessoas traumatizadas enfrentam.
Você já se surpreendeu com uma reação emocional ou física intensa a algo aparentemente pequeno? Compartilhe nos comentários como a ideia de um “alarme de incêndio” cerebral sensível ressoa com sua experiência.
O Corpo que Guarda as Marcas: A Teoria Polivagal
Por décadas, a conversa sobre trauma focou quase exclusivamente no cérebro. No entanto, a experiência de quem sofre é inegavelmente corporal. O coração acelerado, o estômago revirado, a tensão muscular crônica, a dormência. É aqui que o trabalho revolucionário de Stephen Porges e sua Teoria Polivagal oferece um mapa para o corpo.
Porges propõe que nosso sistema nervoso autônomo (SNA) – a parte que controla nossas funções involuntárias – possui três caminhos de resposta organizados hierarquicamente, que ele relaciona ao nervo vago. A forma como respondemos ao mundo depende de qual desses sistemas está no comando, um processo que ele chama de neurocepção: a avaliação inconsciente de segurança e risco.

Estado Polivagal | Sistema Nervoso | Experiência Subjetiva | Comportamento Observável |
Vagal Ventral | Parassimpático (ramo mielinizado) | “Estou seguro, conectado, calmo.” | Engajamento social, expressão facial, escuta ativa, respiração regulada. |
Simpático | Simpático | “Estou em perigo, preciso agir.” | Ansiedade, pânico, raiva. Coração acelerado, músculos tensos (luta ou fuga). |
Vagal Dorsal | Parassimpático (ramo não mielinizado) | “Estou em perigo mortal, não há escapatória.” | Colapso, dissociação, dormência, vergonha, depressão. Imobilidade (congelamento). |
O trauma desregula essa hierarquia. Uma pessoa traumatizada pode ter dificuldade em acessar o estado Vagal Ventral de segurança. Seu sistema nervoso fica preso em um ciclo entre a hiperativação simpática (ansiedade, pânico) e o colapso do Vagal Dorsal (dormência, desligamento). Como afirma Porges, não é uma escolha consciente; é a biologia da sobrevivência em ação (Porges, 2011).
A cura, sob essa perspectiva, envolve ajudar o sistema nervoso a “aprender” novamente como é sentir-se seguro, ativando deliberadamente o circuito Vagal Ventral através de práticas como respiração profunda, co-regulação com um terapeuta ou ente querido, e o engajamento em relacionamentos seguros.
A Cura pela Conexão: A Neurobiologia Interpessoal
Se o trauma ocorre em um contexto de isolamento e ameaça, a cura deve ocorrer em um contexto de segurança e conexão. É o que propõe o Dr. Daniel Siegel com o campo da Neurobiologia Interpessoal. Ele argumenta que nossos cérebros são profundamente sociais, moldados por nossos relacionamentos. “A mente é um processo relacional e corporificado que regula o fluxo de energia e informação”, afirma Siegel (Siegel, 2012).
Para uma pessoa traumatizada, cujo fluxo interno de energia e informação foi caotizado, a presença regulada e empática de outra pessoa – como um terapeuta – atua como um sistema regulador externo. Essa sintonia relacional ajuda a:
- Co-regular o Sistema Nervoso: A calma do terapeuta ajuda a acalmar o sistema nervoso do cliente, provando biologicamente que a segurança é possível.
- Promover a Integração Neural: Ao contar a história do trauma em um ambiente seguro, a pessoa começa a religar as partes desconectadas do cérebro. O córtex pré-frontal pode voltar a ficar online para ajudar o hipocampo a contextualizar a memória, e a amígdala a diminuir sua reatividade. O resultado é a integração: a memória traumática deixa de ser um fragmento aterrorizante e se torna parte da narrativa de vida da pessoa – uma história de sobrevivência, e não de ameaça contínua.
A neuroplasticidade – a capacidade do cérebro de se reorganizar – é a base biológica da esperança. O cérebro que foi ferido pelo trauma é o mesmo cérebro que pode ser curado através de novas experiências, principalmente as experiências de conexão humana segura.
Você pode gostar de ler sobre :O Que é Neuroplasticidade? O Guia da Escola&inteligência para Mudar seu Cérebro e sua Vida em 2025
Nota do Fundador, Jamerson Worst
Quando iniciei minha jornada no estudo da neurociência, eu buscava respostas lógicas para um sofrimento que parecia caótico. Vindo de uma formação em direito, eu queria entender as regras, as causas e os efeitos que governavam a dor da alma. O que descobri, e que a ciência hoje confirma de forma tão eloquente, é que o trauma não é uma desordem da mente, mas uma lesão no sistema nervoso. É uma resposta corporal a eventos insuportáveis.
Minha própria cura não veio apenas do entendimento intelectual, mas da aplicação prática desses conceitos. Veio de terapias que falavam a língua do corpo, como o ThetaHealing®, que me permitiram acessar e liberar as “marcas” que a Teoria Polivagal descreve. Veio da compreensão de que minha ansiedade não era um defeito, mas a energia de luta/fuga do meu sistema simpático presa em um loop. Veio da compaixão por meus momentos de “desligamento”, reconhecendo-os como uma resposta de sobrevivência do meu sistema Vagal Dorsal.
Unir a ciência e a consciência não é um exercício acadêmico; é o caminho para a integração. Entender a neurobiologia do seu trauma não é para se fixar no que está “quebrado”, mas para se maravilhar com a inteligência do seu corpo em mantê-lo vivo. É o primeiro passo para parar de lutar contra si mesmo e começar a oferecer ao seu sistema nervoso exatamente o que ele precisa: segurança, compaixão e conexão.
Conclusão: A Ponte para a Integração
A neurobiologia do trauma nos oferece um mapa claro e compassivo para o território muitas vezes confuso da cura. Ela nos mostra que os sintomas pós-traumáticos não são aleatórios ou um sinal de fraqueza, mas sim as consequências lógicas e previsíveis de um sistema nervoso reorganizado para a sobrevivência. A amígdala hiperativa, o hipocampo fragmentado e o córtex pré-frontal desconectado, juntamente com um sistema nervoso autônomo preso em estados de defesa, formam a base biológica do sofrimento.
Mas este mapa também nos mostra o caminho a seguir. A ponte para a cura é construída sobre os pilares da segurança e da conexão. Ao entendermos que precisamos acalmar o sistema de alarme antes de podermos reprocessar as memórias, abrimos portas para terapias corporais, relacionais e de atenção plena que respeitam a sabedoria do corpo. A neuroplasticidade nos garante que a mudança é possível. Podemos criar novas vias neurais, fortalecer a conexão entre as diferentes partes do nosso cérebro e ensinar nosso sistema nervoso a habitar novamente o estado de calma e engajamento social do Vagal Ventral.
A jornada para fora da tempestade do trauma não é sobre esquecer o que aconteceu, mas sobre integrar a experiência para que ela não mais defina o presente. É sobre recuperar a capacidade de se sentir seguro em seu próprio corpo, conectado aos outros e presente na sua própria vida. E essa é uma jornada que a ciência e a alma concordam ser profundamente possível.
Agradecimento
Sou profundamente grato pela sua presença e pelo seu tempo dedicado a este conhecimento. Se este artigo iluminou uma parte da sua jornada, saiba que o propósito do Escola&inteligência foi cumprido. A ciência pode nos dar o mapa, mas é a sua coragem que trilha o caminho.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Neurobiologia do Trauma
O que é a neurobiologia do trauma?
É o estudo de como eventos traumáticos afetam o cérebro, o sistema nervoso e o corpo em um nível biológico. Ela explica como estruturas cerebrais (amígdala, hipocampo, córtex pré-frontal) e o sistema nervoso autônomo mudam sua função, levando a sintomas como flashbacks, hipervigilância, ansiedade e dissociação.
Por que as memórias de trauma são diferentes das memórias normais?
Durante um trauma, a alta carga de hormônios do estresse inibe o hipocampo, que organiza as memórias no tempo e no espaço. Como resultado, a memória não é armazenada como uma narrativa coerente, mas como fragmentos sensoriais e emocionais (imagens, sons, sensações corporais) que podem ser acionados e revividos como se estivessem acontecendo no presente.
Qual o papel do corpo na cura do trauma?
O corpo “guarda as marcas” do trauma através de um sistema nervoso desregulado, que pode levar a tensão muscular crônica, fadiga, dores e problemas digestivos. A cura efetiva, segundo abordagens como a Teoria Polivagal, deve incluir o corpo, ajudando o sistema nervoso a sair dos estados de defesa (luta, fuga, congelamento) e retornar a um estado de segurança e calma (Vagal Ventral).
É possível se curar completamente de um trauma?
A cura do trauma não significa apagar a memória, mas sim integrá-la. O objetivo é que a memória do evento se torne parte da sua história de vida, em vez de ser uma ameaça atual que sequestra seu presente. Através da neuroplasticidade, o cérebro pode formar novas conexões, e a pessoa pode aprender a regular seu sistema nervoso, levando a uma redução drástica e até eliminação dos sintomas.
O que é a Teoria Polivagal e por que ela é importante para o trauma?
Desenvolvida por Stephen Porges, a Teoria Polivagal descreve três estados do nosso sistema nervoso: um de segurança e conexão social (Vagal Ventral), um de mobilização para lutar ou fugir (Simpático), e um de imobilização e colapso (Vagal Dorsal). O trauma nos prende nos dois últimos estados. A teoria é importante porque oferece um modelo para entendermos nossas reações corporais e um caminho para a cura através da ativação deliberada do sistema de segurança (Vagal Ventral).
Como a terapia ajuda a mudar o cérebro traumatizado?
A terapia, especialmente aquela que integra abordagens relacionais e somáticas (corporais), cria um ambiente de segurança (co-regulação). Isso acalma a amígdala e permite que o córtex pré-frontal e o hipocampo voltem a funcionar adequadamente. Nesse estado seguro, as memórias fragmentadas podem ser processadas e integradas em uma narrativa coerente, promovendo a integração neural e a resiliência.
O que posso fazer no dia a dia para ajudar meu sistema nervoso?
Práticas que ativam o sistema Vagal Ventral são muito úteis. Isso inclui respiração lenta e profunda (com a expiração mais longa que a inspiração), passar tempo na natureza, cantar, gargarejar, ouvir música calmante e, o mais importante, buscar interações seguras e positivas com pessoas, animais de estimação ou em comunidades de apoio.
Referências
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- Levine, P. A. (2017). O Despertar do Tigre: Curando o Trauma. Editora Summus.
- Porges, S. W. (2011). The Polyvagal Theory: Neurophysiological Foundations of Emotions, Attachment, Communication, and Self-regulation. W. W. Norton & Company.
- Porges, S. W. (2022). Teoria Polivagal: Fundamentos Neurofisiológicos das Emoções, Apego, Comunicação e Autorregulação. Editora FiloCzar. https://carlacarvalho.pt/teoria-polivagal-a-ciencia-da-conexao-e-da-seguranca/
- Rothschild, B. (2000). The Body Remembers: The Psychophysiology of Trauma and Trauma Treatment. W. W. Norton & Company.
- Siegel, D. J. (2012). The Developing Mind: How Relationships and the Brain Interact to Shape Who We Are. Guilford Press.
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- Van der Kolk, B. A. (2014). The Body Keeps the Score: Brain, Mind, and Body in the Healing of Trauma. Viking.
- Van der Kolk, B. A. (2020). O Corpo Guarda as Marcas: Cérebro, Mente e Corpo na Cura do Trauma. Editora Sextante. https://amzn.to/4lMhEnZ
- Abreu Agrela, F. (2024). Neurobiologia do trauma: O que acontece no seu cérebro quando você sofre um trauma? NewsLab. https://newslab.com.br/neurobiologia-do-trauma-o-que-acontece-no-seu-cerebro-quando-voce-sofre-um-trauma/
- Ferreira, R. R. S., & Ortega, F. (2021). Perspectivas neurocientíficas para uma teoria do trauma: revisão crítica dos modelos integrativos entre a biologia e a cultura. Cadernos de Saúde Pública, 37(8), e00352820. https://www.scielo.br/j/csc/a/qwnv3hY5QgHZ7NxRvJbRDym/abstract/?lang=en
- Lanius, R. A., Vermetten, E., & Pain, C. (Eds.). (2010). The impact of early life trauma on health and disease: The hidden epidemic. Cambridge University Press.
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- Schore, A. N. (2003). Affect Dysregulation and Disorders of the Self. W. W. Norton & Company.
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- Título:O Corpo Guarda as Marcas
- Autor: Bessel van der Kolk
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Jamerson Worst | Fundador da Escola&inteligência
Terapeuta e pós-graduando em Neurociência. Ajudo você a aplicar a ciência da mente para superar traumas, reprogramar crenças e encontrar seu propósito. O conhecimento inspira, mas a ação transforma.
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